Como obter investimento para sua startup?

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Texto escrito para a revista Business Review de Abril de 2015 (clique aqui para ler a edição digital)

capa 3Inicialmente uma startup pode parecer com uma micro ou pequena empresa, na verdade do ponto de vista jurídico até é, mas a diferença está em seu objetivo: Crescer rapidamente para que logo possa se tornar uma grande empresa. Para um crescimento acelerado, a essência do projeto deve conter como ideal a inovação, seja na atividade, no serviço, no produto ou no modelo de negócio.

Após definir o insight brilhante, o empreendedor depara-se com a hora de buscar recursos para dar seguimento ao projeto. A investida inicial, conhecida como capital semente, é fundamental para que o negócio torne-se viável. É importante que o empreendedor conheça as formas de obter este recurso, para que saiba qual se adapta melhor a sua realidade e a de sua startup.

No Brasil, estas formas de investimento em startups estão crescendo, mas com números ainda bem distantes dos Estados Unidos, por exemplo, onde em 2014 esta área recebe 48 bilhões de dólares. Estudos apontam que apenas 25% dos empreendedores brasileiros conseguem investidores, contra 87% que obtém financiamento externo no Vale do Silício, nos EUA.

capa 3aAlém de uma boa ideia, os investidores estão atentos a competência do empreendedor e a sua capacidade de desenvolver o negócio. Montar um plano de negócios consistente é essencial na hora de convence-los a apostar no seu negócio.

Quando a startup define que o financiamento externo é o melhor caminho, é necessário compreender que quanto maior o investimento, menor será sua fatia no negócio, mas ao mesmo tempo, é uma fatia menor em um bolo que pode crescer em grandes proporções.

 Cinco formas de obter investimento para sua startup

Capital próprio e amigos

É a forma básica para financiar uma ideia. O empreendedor que capa 3aaaposta em seu startup e tem a possibilidade de investir seu próprio capital para iniciar as atividades é uma maneira interessante, pois não será necessário realizar empréstimos e nem “fatiar” o negócio.

Contar com familiares ou amigos para este início também é uma opção, pois é uma forma de empréstimo direta, fazendo parte do capital próprio, e não como uma atividade comercial ou de parceria na sociedade. A dificuldade neste caso está em escolher bem a pessoa que irá contribuir, pois existem os prós e os contras em misturar relações pessoais e negócios.

Investidor-anjo

capa 3aasÉ o investidor especializado em apoiar projetos que estão em fase inicial.  Os anjos de negócios, como também são conhecidos, são profissionais experientes que além de incentivarem de forma financeira o negócio, auxiliam o empreendedor observando tendências, oportunidades e muitas vezes lapidando a forma de seguir o projeto.

O investidor-anjo acaba se tornando uma espécie de conselheiro dos fundadores, utilizando de sua visão, conhecimento e networking para alavancar o negócio, já que passaram a fazer parte da sociedade com seu investimento.

capa 3aasdO fato de ser experiente no ramo empresarial não faz com que o investidor tenha soluções para todos os problemas ou que ficará responsável por tudo. No caso da startup, seu papel é ajudar o fundador, não de ser o empreendedor. Ele será muito mais um apoiador estratégico do que um executor de atividades.

 Financiamento coletivo

O, cada vez mais famoso, crowdfunding é uma espécie de “vaquinha” pela internet. O investimento coletivo é uma forma real do empreendedor conseguir captar o valor necessário para seguir em frente com a startup através de colaboradores dispostos a financiar o negócio.

capa 3aasdsPara contar com o financiamento coletivo, o empreendedor deve identificar quanto precisa de capital e cadastrar o projeto em um dos vários portais destinados ao assunto que existem na internet. Após isso, o próximo passo é divulgar e angariar pessoas que acreditem na ideia, que possam realizar contribuições financeiras para a ideia sair do papel.

 Quem investir através de crowdfunding não é necessário que se torne sócio ou tenha alguma participação na empresa, sua vantagem em contribuir pode ser revertida através de desconto para adquirir determinado produto ou serviço da startup.

Venture capital

Sua startup já testou seus produtos, sua ideia obteve êxito e seu modelo de negócio está estruturado? Essa é a hora que a venture capital entra para que você possa alçar voos mais altos.

Empresas de venture capital aplicam recursos em startups que passaram pelo capital semente e estão prontas para crescerem de verdade. Geralmente esse negócio é realizado de forma societária, em troca de participação no negócio.

Para a entrada de venture capital e conquistar sócios investidores, é interessante que aja um modelo de negócio comprovado, com faturamento e clientes, e um Plano de Negócio com a organização atual e projeções dos objetivos a serem alcançados no mercado.

Financiamento

O financiamento é uma alternativa, mas implica em um problema logo no início: Bancos, por exemplo, só emprestam dinheiro a empresas em atividade. Para ideias que são apenas um projeto, está alternativa não será válida.

Se o negócio estiver em andamento, aí sim, há empréstimos com baixa taxa de juros para o empreendedor que necessita de recursos. Além dos empréstimos mais conhecidos, instituições como BNDES e Finep que fornecem financiamentos a fundo perdido para negócios inovadores.

Finep pode ajudar as startups

No final de 2014, A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) lançou o Inovacred Expresso, com o objetivo de apoiar a inovação em empresas com receita bruta anual de até R$ 16 milhões. Não é necessário contra partida das empresas e o prazo do financiamento é de até quatro anos.

Não é necessário apresentar um projeto detalhado para conseguir o empréstimo, mas a empresa deve estar enquadrada nos seguintes itens: Estar instalada em Incubadoras de Base Tecnológica ou Parques Tecnológicos, ter histórico na área de Propriedade Intelectual/Direito Autoral e ter recebido ao menos um apoio do governo, como incentivos fiscais à P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e inovação tecnológica; subvenção econômica à P&D; financiamento a projetos de P&D e inovação tecnológica, bolsas RHAE/CNPq para pesquisadores em empresas ou aporte de venture capital baseado em recursos públicos.

Fernando Cunha ©

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