A fidelidade dos leitores – Eleições 2006

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Texto de 2006. Publicado na Revista Universo IPA

A fidelidade dos eleitores
Filiação em partidos políticos dá voz ao povo
A fidelidade, definida pela psicologia como a crença em alguma coisa, idéia ou ideal, é o alicerce para o desenvolvimento de um partido. Em um mundo globalizado, com alucinante transformação econômica, tecnológica, social e principalmente política, ainda há uma parcela de eleitores fiéis a seus partidos. Isso faz com que este eleitor já tenha seu voto pré-determinado, que é dado como certo pelos partidos e formando um sentimento de entrega e devoção por parte do eleitor.
Muitos dos eleitores fiéis escolhem a filiação como forma de participar, seja expondo suas idéias ou ajudando com a divulgação de candidaturas. A comunicação entre partido e filiado vem em forma de jornais, informativos, impressos e on-line, que são repassados aos filiados. Os filiados têm um grande papel dentro dos partidos.
O secretário geral do PSDB no RS, Tomaz Wonghon, explica que uma das vantagens do eleitor se filiar é que o cidadão sozinho é uma voz perdida; o cidadão, agrupado a outros, acaba se organizando em busca de objetivos. “Se ele é filiado, vai participar realmente do partido, confrontando suas idéias com os demais integrantes, buscando assim um consenso para colocar suas idéias em prática”.
Tiago Espíndolan diz que se filiou ao PSTU por acreditar que as idéias e propostas condizem com as suas, procurando assim tornar realidade seus ideais. “A única chance de ter voz dentro da política é me filiando, acredito que essa seja a forma de manifestação política adequada. Sendo assim, busco expor minhas idéias e ajudar meu partido”, diz.
Troca de partido é possível
Para quem se desiludir, é possível a troca de partido. Segundo as leis partidárias, para se desligar, o filiado deve fazer uma comunicação escrita ao órgão de direção municipal do partido, enviando cópia ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. Decorridos dois dia da data da entrega ao partido, o vínculo tornar-se extinto, para todos os efeitos.
Qualquer pessoa acima de 16 anos pode filiar-se. Basta ter o título de eleitor. Todos os partidos procurados afirmam que para se filiar não há pagamento e nem mensalidade. “Se filiar é um ato público”.
Quanto à contribuição depois de que um candidato é eleito, todos dizem ser um assunto a ser tratado com a tesouraria. “A contribuição só é obrigatória em nosso partido se o filiado ocupa cargo eletivo. Afinal, não tem como se eleger sem ser filiado, sendo assim, há uma taxa mínima de 5% do salário do eleito”, diz Milton Corrêa, assessor jurídico do PMDB.
Mas a lealdade partidária do eleitor se dá também entre o não filiados. Felipe Duran é fiel ao PT, mas não é filiado. Segundo ele, a escolha se deu por concordar com as idéias e propostas apresentadas em épocas de eleição, além de simpatizar com a maioria dos candidatos. “Mesmo não sendo filiado, acompanho tudo sobre meu partido”, diz Duran.
Mesmo diante de uma salada de siglas, onde, de um município para o outro muda o discurso por conta de alianças e interesses, ainda existe uma grande parte de fiéis partidários, que carregam a bandeira e vestem a camisa de seu partido do coração, tudo em busca do desejo de ver suas idealizações no poder.
Texto de Fernando Cunha ©

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