Eu escolhi o tempo

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Sempre trabalhei bastante, muito pela minha inquietude e muito por querer ganhar mais e mais. Desde quando entrei no mercado de trabalho, sempre trabalhava durante o dia e fazia um extra à noite, geralmente escrevendo para outro lugar.

Estar cheio de coisas que completassem meus dias, aliado aos estudos, fazia sentido, mas sempre pensei: “quando ter o primeiro filho, terei que reorganizar as coisas”.

Esse dia chegou e meu desafio era diminuir o ritmo, de preferência, sem diminuir a renda. Pelo contrário, aumentando-a.

Quando estamos mais maduros, por mais que essas escolhas deem um friozinho no estomago, se tornam menos doloridas. Já temos bagagem para dar passos mais assertivos.

Pensando em ficar mais em casa, por conta do nascimento da filha, resolvi pedir demissão e trabalhar de casa, de forma free para alguns lugares e criar outros novos caminhos. Se passaram quase quatro anos e até o momento deu certo. Como continuo sendo um eterno inquieto, tenho vários planos e projetos para colocar em prática, mas todos eles dentro da lógica de estar dentro ou perto de casa, com flexibilidade de horários e podendo estar presente.

Essa fase de crescimento da criança, desenvolvimento de identidade e ligação com os pais é muito importante. Fiz uma matéria esses dias sobre um estudo em conjunto das Universidades de Londres e de Sevilha, onde diz que os pais passam mais tempo com os filhos hoje que há 50 anos.

O estudo diz que os pais que trabalham, passam hoje sete vezes mais tempo com os filhos do que na década de 70. O estudo indica a valorização do tempo de união e sugere que a família passe mais tempo junto, aumentando os laços de companheirismo, amizade e confiança entre os integrantes. Além disso, as relações se tornam mais positivas e menos conflituosas.

Continua um desafio bem grande conseguir conciliar trabalho, presença paterna, realizar desejos de conforto, experiências e aprendizados, mas agindo de forma planejada e com dedicação é possível. De forma alguma desejo olhar para trás e ter a sensação de que fui relapso. O momento é hoje, é todos os dias e por isso escolhi a presença e o tempo.

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