Mídia x Democracia
É bom tratar da democracia que muitos falam que vivemos, masque na verdade não é uma democracia plena. Uma democracia que muitas vezes inexiste e que a população “aceita”, por acreditar que tudo que acontece na mídia é de fato e de direito e por não estarem orientadas corretamente sobre o real dever dela. Outra citação importante a ser feita é das concessões que se misturam com proprietários, tamanha é a autoridade e a indiferença que tratam a população. O direito do povo não é respeitado e em grande parte das vezes que tem voz ativa na mídia, seu espaço é aberto para exploração de sua imagem. Como todos sabemos, um fato que eleva audiência é a desgraça alheia, essa é uma das horas abertas ao povo participar. Essa feroz guerra por ibope prejudica a qualidade das mídias e em nada contribui em sua democratização, ou seja, com o direito de fato da população.
No contexto e caracterização da mídia brasileira a concessão tem suas regras, suas leis que “tentam” impedir pessoa ou entidade de ter participação em mais de 10 emissoras de televisão. De qualquer forma o monopólio é evidente, interessante á a citação de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Sobrinho, 1997, p.13), explicando que uma coisa parte de outra e ao mesmo tempo, todas do mesmo pressuposto: ser dócil com o governo. O jornal sendo dócil com o governo tem grandes chances de ganhar concessão de rádio, sendo dócil nos dois, pode ganhar uma canal na televisão e sendo um dócil generalizado, chega aos canais de televisão a cabo, a idéia principal de democracia era essa? A de favorecer para ser favorecido, a de se submeter para crescer e ao mesmo tempo monopolizar?.
No mundo midiático a interação mídia-população é algo muito forte, todas as mídias ditam os assuntos pertinentes na vida social de seus usuários, o povo. São políticos, empresas e celebridades que usufruem da mídia para estarem na boca da população, consequentemente atingirem seus objetivos, essa agenda setting é normal no dia a dia de todos, muitos não as notam, mas ela nunca deixou de existir, a mídia que elege governantes e “vende” determinada marca.
Dentro de mídias, seja ela televisão, rádio ou impresso é difícil haver pluralidade e autonomia plena de seus funcionários, todos devem agir de acordo com a linha da organização, que consequentemente segue a linha de seus patrocinadores ou apoiadores, é ingenuidade dizer que há democracia e liberdade de expressão dentro das redações, tudo deve passar pela triagem editorial do órgão. O crescimento da web informativa se dá muitas vezes em torno disso, através de um campo infinito para atitudes, idéias e projetos que podem ser colocados em prática e muitas vezes sem a repressão editorial, a mídia eletrônica mostra a oportunidade da pauta livre e o desenvolvimento independente de notícias e assuntos. O foco torna o feeling mais importante e a busca por informações novas mais crua, mais livre. Em termos de mídia em geral as coisas não deveriam funcionar dessa forma, a democracia das mídias e também da população diz haver espaço para a expressão popular, em qualquer mídia, mas segue o monopólio e autonomia de quem agenda e dita o que deve estar na boca da nação.
A mudança dessa consciência de desinformação da população sobre seus direitos sofrerá alguma mudança apenas com a educação, o povo não tem instrução de democracia de fato. Para uns, democracia pode ser exemplo de falar o que quiser, agir como quiser, mas não é isso. A liberdade de expressão deveria existir e a compreensão do povo mais clara, com uma boa educação o próprio povo teria esse senso mais aguçado e poderia buscar seus direitos com consciência. Para as mídias, resta o repudio e a desconfiança de quem sabe o seu dever e o seu real papel perante a sociedade.
Texto de Fernando Cunha ©
Mazáááá…
tirou 10 já, hauahauahauahauahaua…
ficou mto bom o texto, mto mesmo, dominou o assunto, soube o que estava dizendo…clap clap…
bjos senhor contradição 😀