Cidadão Kane
Depois de assistir Cidadão Kane pude ver os argumentos que fazem o filme ser considerado um dos mais importantes de todos os tempos. Ele deveria tornar-se uma espécie de “filme de cabeceira” para qualquer jornalista, onde o repórter age no sentido literário da palavra jornalista investigativo, horas repórter, confundindo-se com investigador, o que todo jornalista no fundo tem um pouco, juntando peças de quebra-cabeças que vão se costurando até chegar ao foco principal, decifrar o significado da última palavra menciona por Kane em seu leito de morte: “rosebud”. Além disso, tem o lado midiático de Kane e seu sucesso, que passa a tomar conta do jornal, muitas vezes sensacionalista, que herdou do banqueiro que o “comprou” de sua família humilde, quando criança.
Mas voltando ao jornal, Kane atrai as estrelas dos veículos concorrentes com salários maiores e praticando um jornalismo agressivo consegue praticamente construir um império da mídia. Quando se casa com Emily Norton, sobrinha do Presidente, Kane se torna de vez um dos homens mais poderosos da América.
Além de Cidadão Kane tratar de fatos jornalísticos e de ser um poderoso e dramático conto sobre o uso e abusos do dinheiro e do poder, ele ainda tem outras diversas qualidades do ponto de vista cinematográfico, usando artifícios inéditos para a época, mas isso fica para outro texto.