A Consciência de Mudar
A poluição causada por automóveis é algo que cresce a cada ano, seja pela popularização nos preços dos veículos ou procura da população, ao adquirir seu próprio meio de locomoção. Em São Paulo, os veículos respondem por 92% da poluição do ar na cidade, um número assustador, que mostra a importância da mudança. Em 1997, na França, surgiu a campanha “Na Cidade Sem Meu Carro”, no dia 22 de outubro, o mundo inteiro, debate sobre a questão da poluição, dos congestionamentos, segurança, acessibilidade, consumo de combustíveis fósseis e a prevenção do efeito estufa. O projeto incentiva a população a deixar em casa seus veículos, incentivando a usar os transportes públicos e demais meios de locomoção que venham a gerar menos poluição.
Há pouco tempo, Paris lançou um programa que pôs 10 mil bicicletas à disposição de quem queira, mediante o pagamento de taxa anual de 29 euros (cerca de R$ 73) ou diária de R$ 2,50. O usuário retira a bicicleta num dos 750 bicicletários já implantados e a entrega em qualquer outro. A prefeitura de Paris espera dobrar o número de locais nos próximos meses. Esse programa já existe em Copenhague, Viena, Genebra, Barcelona e Lyon. Boa forma de diminuir a emissão de gases poluentes, de quebra ainda incentiva o exercício físico.
A forma que Nova York achou para minimizar o problema é seguir o caminho de Londres, com um pedágio urbano de US$ 8 (cerca de R$ 15) diários, proposto por seu prefeito para quem quiser trafegar em certas áreas das 8 às 18 horas. Caminhões também pagam um pedágio elevado; US$ 21 (cerca de R$ 40). Londres, por esse caminho, reduziu a circulação de veículos em um terço, nos lugares de maior circulação, e a poluição do ar caiu 20%. Em países desenvolvidos essa cobrança mostra um resultado positivo, de que foi possível reduzir a poluição. Mas se fosse no Brasil, essa medida, somada ao preço do combustível e ao baixo poder aquisitivo da maior parte da população, geraria fortes protestos e seria visto com olhos de desagrado pelo povos.