Personagens da História – Jean-Paul Sartre
“O homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda não tem, do que poderia ter.”
“O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.”
“Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos.”
“O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio.”.
“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.”
Jean-Paul Charles Aymard Sartre foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.
Jean-Paul Sartre influenciou profundamente sua geração e a seguinte. Foi um mestre do pensamento e seu exemplo foi seguido por boa parte da juventude do pós-guerra, nas décadas de 1950 e 1960.
Sartre repeliu as distinções e as funções oficiais e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma “essência” posterior à existência.
O existencialismo sartriano procura explicar todos os aspectos da experiência humana. A maior parte deste projeto está sistematizada em seus dois grandes livros filosóficos: O ser e o nada e Crítica da razão dialética.
Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Em Sartre, temos a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer. “O homem está condenado a ser livre”.
Sartre não nega por completo o determinismo, mas determina o ser humano através da liberdade, não somos, afinal, livres para não ser livres. Afinal de contas, não é Deus, nem a natureza, tampouco a sociedade que nos define, que define o que somos por completo ou nossa conduta. Somos o que queremos ser e sempre poderemos mudar o que somos. Os valores morais não são limites para a liberdade.
“Se um certo Jean-Paul Sartre for lembrado, eu gostaria que as pessoas recordassem o meio e a situação histórica em que vivi, todas as aspirações que eu tentei atingir. É dessa maneira que eu gostaria de ser lembrado.” Essa declaração foi feita por Sartre durante uma entrevista, cinco anos antes de morrer. Na mesma ocasião, disse que gostaria que as pessoas se lembrassem dele por seu primeiro romance, “A Náusea”, e duas de suas obras filosóficas, a “Crítica da Razão Dialética” e o ensaio sobre Jean Genet.
Sartre tentou ilustrar sua filosofia com ações traduzidas em diversos engajamentos políticos e sociais. Mais que qualquer outro filósofo, é necessário conhecer algo de sua biografia para captar o pensamento sartreano, um projeto desenvolvido em três horizontes: a filosofia, a literatura e a política.
Jogo Rápido:
Nacionalidade: França
Nascimento: 1905
Morte: 1980
Causa da Morte: Edema pulmonar
Função na História:
* Maior representante do Existencialismo.
* Filósofo
* Escritor
* Era um artista militante. Apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.
Fê Cunha,
Li seu artigo sobre Sartre e gostaria de deixar aqui a minha contribuição para o debate.
Analise de máximas sartreanas:
1°) “Não há determinismo, o homem é livre”. No entanto, a de se considerar que Sartre acreditava que “a experiência precede a essência”, quer dizer, se, por um lado, estamos condenados à liberdade, por outro, somos escravos dela, na medida em que ainda não experimentamos.
2°) “O existencialista não crê na força da paixão”. Este modo de pensar contraria o de Shakespeare. Em “Romeu e Julieta” o escritor inglês conduz um casal de amantes ao suicídio, contrariando a razão.
3°) “O homem é o futuro do homem”. Sim. Como só a experiência é capaz de nos revelar o verdadeiro sentido das coisas, o futuro pertence à contemporaneidade. Porém, a de se ressaltar que, muitas vezes, repetimos os erros do passado, ou seja, a História não é um acontecimento linear. Logo, o inverso também é válido – o homem é o passado do homem.
Fonte desta analise: (SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo, Col. Os pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1973. p. 15-16).
Parabéns pelo blog.
Ótimas contribuições, Diego.
Muito obrigado pelo grande acréscimo!!!