Ter relações sexuais na terceira idade contribui com o cérebro
Pelo menos essa é a constatação dos pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra. O estudo foi realizado com 1.700 indivíduos, com idades entre 58 a 98. Depois de uma série de pequenos testes que medem o poder do cérebro, eles descobriram que aqueles possuem uma vida sexual ativa conquistaram as maiores notas no teste.
Conforme os anos passam, a função cerebral do ser humano fica cada vez mais frágil e as lembranças acabam ficam cada vez menores na memória. É uma das coisas mais assustadoras sobre envelhecer, porque a perda de memória pode apagar a identidade de uma pessoa.
Resultado do estudo
O estudo aponta que a vida sexual ativa na terceira idade à medida que envelhecemos traz benefícios na função cognitiva, incluindo a memória, além de outros itens da longa lista de benefícios que as relações trazem à saúde.
O estudo também descobriu que um terço das mulheres com idade superior a 70 se caracterizam como sexualmente ativas.
Estudo anterior
Em 2013, o New England Journal of Medicine já havia realizado uma pesquisa semelhante com pessoas com idades entre 57 e 63 anos, onde os resultados indicaram que 73 por cento das pessoas tinha tido relações sexuais no ano anterior.
O estudo descobriu que não importa a idade, as mulheres eram menos sexualmente ativas que os homens, o que é um achado que foi repetido por quase todos os estudos sobre o assunto.
Uma das explicações, segundo os próprios pesquisadores, é que as mulheres são geralmente socialmente desencorajadas de expressar sua sexualidade como um todo e por isso possa contribuir com os resultados. Já os homens são muito mais à vontade para discutir assuntos relacionados ao tema.
Satisfação e qualidade
Estudos como estes citados acima costumam abordar números e frequência com que ocorrem as relações, mas a satisfação sexual, tanto da mulher quanto do homem, acaba ficando pelo caminho e nem sempre é uma questão que tem sido priorizada no setor de saúde.
A qualidade, refletida na satisfação do parceiro, também é fundamental para a vida a dois, então vamos torcer para que estudos como este possa incitar uma mudança muito necessária na forma como olhamos para o próprio sexo.