Apresentação – “Palavras Que Habitam o Pensar”
Escrever um livro reunindo reflexões sobre a vida pode parecer um pouco audacioso, ainda mais se o escritor não passou de pelo menos meio século de existência. Ser um observador e realmente se interessar pela reflexão humana sobre diversos assuntos norteia “Palavras Que Habitam o Pensar”.
Há quem diga que toda a convicção é uma prisão. Muitas pessoas buscam a previsibilidade de certezas absolutas, as vezes absurdas, pois não têm interesse em refletir sobre o todo a sua volta, do horário que o relógio desperta até o momento em que os olhos se fecham pela última vez do dia, para descansar e iniciar tudo de novo na manhã seguinte.
Em “Palavras Que Habitam o Pensar”, não há embasamento teórico sobre psicologia ou filosofia, embora goste muito de ler sobre esses temas. Aqui encontram-se reflexões sobre comportamento, amor e relacionamento na visão de um cara normal. Um cara que tenta ser o mais sensato possível em suas avaliações no dia a dia e, acima de tudo, olhar para si mesmo antes de apontar os defeitos do outro.
A vida é muito mais interessante do que apenas vê-la passar. A sensibilidade de todos nós sobre uma auto avaliação sincera nos engrandece. Não há dúvidas sobre como agir perante a sociedade que possa ultrapassar nossa índole e bom senso. A empatia, o respeito e a gentileza, acima de tudo, são atos de honestidade a nós mesmos.
Os três temas principais e um tanto quanto abrangentes dos 51 textos contidos no livro servem como base para uma visão de mundo. O comportamento, algo tão essencial em diversas esferas, em nossas atitudes e como podemos nos tornar pessoas melhores a cada dia. O amor, algo que sentimos, que nos faz flutuar sem ter asas quando encontramos (ou pensamos que encontramos) a companhia para viver o resto dos dias, além, é claro, do amor que sentimentos pelos filhos, familiares e amigos. Por último, e não menos importante, o relacionamento e a forma como nos relacionamos com diversas pessoas na sociedade, no trabalho e também a dois.
Através de crônicas, artigos e poemas, são reveladas formas de pensar, preferências, anseios e gostos por diversos itens que vão dá vida em sociedade, passando pela profissão, família, arte, cultura, música e evoluções diárias que todos nós vivemos, revelando um perfil, um tanto quanto, inquieto e sonhador.
Dentre os diversos devaneios não há intenção de firmar verdades absolutas. Se um deles o fizer refletir, já será uma ótima notícia. No fundo, o sábio é humilde o bastante para refletir quando necessário e assumir que todos os dias são passíveis de novos aprendizados sobre a vida e sobre si mesmo.
Boa leitura!
Fernando Cunha