Sabedoria masculina no século 21

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Fernando Cunha

Somos homens e viemos de últimas décadas que serviram para aprendizados e reflexões sobre nossa postura. Não há mais espaço para desculpas ou falsa ilusão sobre muitas coisas. Devemos fazer o que deve ser feito, de forma justa e correta, sempre agindo com respeito e responsabilidade.

Deixamos de ser meninos, hoje somos homens, quase de meia idade e temos a capacidade de nos reinventar, por determinação própria ou por acasos do destino, seja na carreira ou no relacionamento.

Hoje falamos, gostamos e temos mais experiência em gastronomia, estilo, cuidados pessoais, sexo, desejos das mulheres, tecnologia, carros, música, cultura, esportes, bebidas, carreira, profissão, planos, criações, gestões, ideais e caráter. Assumimos quando ficamos sensíveis, mandamos mensagem para a mãe dela no aniversário, trocamos fralda e assistimos com ela qualquer comédia romântica. Nós somos bons no sexo oral, nos importamos se elas gozam, apoiamos e nos sentimos felizes com os avanços dela na profissão, no trabalho e no ato de ser mãe, caso ela queira ser mãe.

Nós já sabemos comprar o tipo de roupa que ela gosta, do tamanho correto, da cor preferida e ainda levar junto uma lingerie sedutora. Nós admiramos as mulheres, ficamos orgulhosos se elas gostarem de Pantera, Anthrax e Iron Maiden, mas também ficamos felizes se elas curtirem Aerosmith, Kiss e AC/DC.

Nós lidamos bem com datas, armamos surpresas e fazemos do aniversário dela um grande dia. Nós pensamos sobre como estamos agindo no relacionamento, nos colocamos no lugar do outro e a antiga D.R. se tornou um papo reflexivo onde tentamos ser ainda melhores.

Aprendemos a cuidar do corpo, fazer dieta, fazer ioga, desenvolver a espiritualidade e as energias positivas. Desenvolvemos a vaidade, passamos creme no cabelo, na barba, na pele, aparamos a união das sobrancelhas acima do nariz e mesmo assim ainda achamos que não é um crime encher a cara com responsabilidade em casa ou no bar, levar o filho ou a filha para jogar futebol e incentiva-lo(a) a torcer para o mesmo time que o nosso.

Nós damos bola para a moda, temos em nosso roupeiro clássicos de todas as horas, como calça jeans, camisa polo e uma jaqueta de couro estilo aviador. Também temos no roupeiro camisas jeans e ainda temos as xadrez, apesar de termos enjoado um pouco. Para irmos a um bom pub ou a um primeiro encontro, sabemos que uma calça com bom caimento, uma camiseta básica e um blazer casual podem ficar legais, aliados ao relógio adequado e ao perfume ideal. Para o dia a dia, camisetas brancas ou pretas nunca fazem da escolha algo errado.

Sabemos que ser elegante está na educação, na gentileza, na inteligência e no humor, tudo isso demonstrado na medida correta, sem exageros.

Temos conseguido, cada vez mais, lidar com o cruel desafio: família x trabalho. Embora queremos trabalhar muito para dar mais conforto e qualidade de vida à família, tentamos adaptar as coisas sempre que possível para que possamos estar mais presentes em casa. Entre os principais ensinamentos que desejamos passar aos filhos, está a importância da família, que devem respeitar a mãe e todas as mulheres, além de ter educação, respeito e que se dediquem ao aprendizado constante.

Ser homem hoje, é pensar que, apesar de termos aprendido a nos cuidar mais, existe uma série de coisas que podem ser mais importantes do que necessariamente a vida da gente. Aprendemos principalmente a dar valor e se importar com o próximo, com a mulher, com a família e com a satisfação de quem está ao nosso lado.

Texto de Fernando Cunha ©

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