Irmão mais velho

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Eu sou um irmão mais velho. São 16 anos de diferença para minha irmã. Engraçado que a separação dos nossos pais acabaram me dando um sentimento diferente quanto a isso. Eu sempre me esforçava (e me esforço) para ser um pouquinho mais que um irmão mais velho, mas com momentos de paternidade junto.

Já se passaram 20 anos. Eu tinha 16 e parece que foi ontem quando alguém entrou na sala de aula e me avisou que ela tinha nascido. Mesmo que pareça tão recente, aquela época ainda não tinha Whatsapp, Facebook, smartphones e até a internet era discada.

Parece estranho ser tão perto e tão longe ao mesmo tempo, mas nós sabemos como é nossa relação e como somos unidos, seja juntos ou olhando de longe. Esse lado paterno de ser o irmão mais velho sempre tentou suprir necessidades que toda a criança e adolescente tem, como passear, se divertir, ter por perto uma companhia que está preocupada apenas com o seu bem.

Muito embalei para dormir, muitos presentes já dei e muitos “bululum, mano!” já ouvi a cada relâmpago. Já fomos à parques, praças, restaurantes e viagens. Já levei a vários lugares, busquei, muito me preocupei e tentei proteger, porque irmão mais velho é para tudo isso mesmo, tentar ser um guarda-chuva de proteção diária ao mesmo tempo que tem a obrigação de apresentar mil coisas do mundo a cada novo amanhecer, só para que ela possa experimentar a felicidade, o sorriso, o cheeseburguer apenas com carne e queijo, o cachorro quente com salsicha, batata palha e queijo ralado ou a nova do momento: “o meu, sem salada e sem grãos”, diz ela aos pedir um lanche nos dias de hoje.

Não importa quais as experiências virão nos próximos 20 anos, nos próximos 80 anos, pouco importa, quero continuar fazendo parte de todas elas. Te amo, mana!

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