Um presente para a Presidente

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Essa história é real e marcou minha memória. Certa vez fui designado a ir à São Paulo buscar um presente para a então presidente da república Dilma Rousseff: um capacete de obras. Na verdade seria um presente estilizado, dentro de uma caixa toda de vidro, tipo um aquário, que seria entregue pela maior construtora do país, lugar onde eu trabalhava na época, já como jornalista.

Receberíamos a visita ilustre da presidente e daríamos a ela esse presente simbolizando o que desenvolvíamos naquele momento, a extensão da linha 1 da Trensurb, com verba do governo federal. Uma obra que em seu pico contou com mais de 3.500 trabalhadores e impactou muito a região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul.

Sendo assim, fui designado a fazer um bate e volta no mesmo dia à São Paulo e buscar esse item. Na intenção de que não estragasse em algum envio por frente ou correios, fui pessoalmente buscar.

A empresa que fabricaria esse artigo ficava pelos lados da Francisco Morato, no Butantã, e era a mesma empresa que fabricava os troféus das edições no Brasil da Fórmula 1, entre outras várias premiações famosas. Na empresa, haviam vários troféus famosos e foi muito legal ver uma espécie de exposição que tinham de troféus relevantes já fabricado por eles.

Voltando a minha busca, a entrega atrasou e passei o dia lá na espera da finalização do capacete estilizado da presidente. Fui ali no Shopping Eldorado, voltei e nada de estar finalizado. Lembro que no início da noite ficou pronto, no limite do meu horário para não perder o voo. Ao chegar no check-in, em Congonhas, os funcionários da companhia aérea insistiram que eu deveria despachar a caixa de papelão que dentro continha uma caixa de vidro e o capacete para a presidente. Eu expliquei a história, de que era super frágil e que fui até lá exatamente para cuidar da integridade física do item. Após alguns minutos de conversa, consegui meu objetivo de levar a caixa junto comigo dentro do avião.

Ao sentar, com a caixa no colo, novo dilema: a aeromoça dizendo que eu não podia viajar com aquela caixa no colo, que eu deveria tentar colocá-la no porta-bagagem aéreo. Mas de jeito nenhum, fiquei eu ali abraçado na caixa, daqui ninguém tira ela, essa caixa de vidro não pode quebrar. Após aquele probleminha todo, a aeromoça conseguiu me trocar de lugar e encontrar um local vago, onde a caixa pudesse ir no meu lado, com cinto de segurança e tudo. Ótimo assim!

Ao chegar em Porto Alegre já passava da meia noite, chovia, peguei um táxi e fui para casa. Era momento apenas de tomar banho e cair na cama, já que no dia seguinte, cedo, tinha que levar a caixa com o capacete da presidente Dilma Rousseff até a obra. Naquela noite a caixa ficou ali, ao lado da cama, me senti o segurança de um item muito valioso, que na verdade nem era, mas não podia dar nada errado. E realmente não deu, pela manhã peguei um táxi até o trabalho e o capacete chegou intacto.

No dia seguinte, presenteamos a Dilma, que disse ter gostado muito. Tudo deu maravilhosamente certo, mesmo que eu tivesse que esperar por horas a sua finalização em São Paulo, que fosse contra todos da companhia aérea e que tivesse que dormir com um olho fechado e outro aberto. #HistóriaPraContar

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